Hoje escrevo para mim
Não procuro as palmas
Não quero um palco meu
Nem agradecimentos
Nem parabéns
Sou eu apenas eu.
Hoje escrevo para mim
Sinto as palavras só minhas
Saem do peito como lanças
No silêncio do escritório
Em perfeita sintonia
Entre o espírito e a alma
Hoje escrevo para mim
Sem gritos nem pressas
Sem lamurias
Nem queixumes
Indiferente ao que se passa
Para lá daquela porta
Hoje escrevo para mim
Quero ser eu a reler
As palavras que ficaram
Embrulhadas num soluço
E amanhã saberei
Se escrevi ou foi apenas sonho.
António Inglês
Outubro 2007.
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